sexta-feira, janeiro 30, 2004
149 - SABER ESCREVER, SABER FALAR, um livro importante
As línguas não são instrumentos neutros, nem somente um código de transmissão de informações sobre objectos, conceitos, sentimentos. A língua materna influencia, modela e reflecte a nossa concepção do mundo e da vida.
Também por isso, a nossa língua deve ser usada com o espírito de quem se serve de um bem. É um serviço público que, simultaneamente, prestamos e usufruímos.
Este livro põe ao alcance dos leitores os meios para que isto se faça de modo correcto.
Disponibiliza extensa, criteriosa e pormenorizada informação e exemplificação, nos vários domínios que o uso da língua implica.
Trata-se de um contributo minucioso e reflectido, com os olhos num ideal de correcção e adequação, os pés bem assentes nesta terra (um tanto poluída), em que a língua portuguesa tem, hoje, alguma dificuldade em viver de um modo saudável.
De facto, assistimos diariamente a inúmeros atentados ao “corpo da língua”. Não há penalizações legais para este tipo de infracções (este tipo de descuidos) mas, como escreveu Vergílio Ferreira, “há casos em que o erro é evidente e assim, quem nele persiste, deve ser excluído do convívio geral.”
As Autoras
Edite Estrela é licenciada em Filologia Clássica e Mestre em Comunicação Social, Professora de Língua e Literatura Portuguesa durante 15 anos. Orientadora de estágios pedagógicos de Português. Monitora de Cursos de Formação na RTP, TSF, Lusa e Caixa Geral de Depósitos. Conferencista em várias Universidades e outras instituições nacionais e estrangeiras:Academia de Letras de São Paulo, Sociedade de Geografia, Instituto Superior Naval de Guerra, Sociedade de Língua Portuguesa, etc. Foi vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores. Autora de vários programas sobre Língua Portuguesa para rádio e televisão, designadamente, «Bem Dizer. Bem Escrever», «Crónicas de Bem Dizer» e «Falar Português». Este último, em parceria com o Prof. João David Pinto-Correia, com quem publicou também Guia Essencial da Língua Portuguesa para a Comunicação Social.
Tem vasta obra publicada, de que se destaca: Dúvidas do Falar Português (5 volumes), Bem Dizer. Bem Escrever, A Questão Ortográfica. Colaborou nas obras: Moderno Dicionário da Língua Portugues e Falar Melhor, Escrever Melhor. Tem mantido colaborações regulares em vários jornais (A Capital, Expresso, Jornal de Notícias…) revistas, rádios e televisões.
Maria Almira Soares é licenciada em Filologia Clássica, tendo leccionado, ao longo dos últimos trinta anos, as disciplinas de Literatura Portuguesa e Latim. No domínio do ensino da língua e literatura portuguesas, publicou duas séries de manuais escolares: Vamos ler e Palavras Certas e vários outros livros auxiliares de aprendizagens nesta área de que aqui se destacam Como Fazer um Resumo e Para uma leitura de Mensagem de Fernando Pessoa. Publicou, ainda, no âmbito do ensaio literário, Memorial do Convento, Um Modo de Narrar e Frei Luís de Sousa, Um Drama Psicológico e, no da reflexão pedagógica, Ensinar— Reflexões sobre a Prática Docente.
Maria José Leitão é licenciada em Filologia Românica, tendo leccionado, ao longo dos últimos trinta anos, as disciplinas de Literatura Portuguesa e de Francês. Tem dado variado contributo institucional nas áreas da avaliação, programação e formação, dentro do Ensino Secundário. Exerceu as funções de Orientadora de Estágio do ramo educacional da Faculdade de Letras de Lisboa. Foi co-autora de manuais de Francês e, por solicitação do Instituto do Emprego e Formação Profissional, do Programa de Língua e Cultura Portuguesas, para o 10º, 11º e 12º anos, e do Manual do Formando para o mesmo nível de estudos. Participou no concurso televisivo Falar Português, integrado no programa «Lugar de Encontro».
Também por isso, a nossa língua deve ser usada com o espírito de quem se serve de um bem. É um serviço público que, simultaneamente, prestamos e usufruímos.
Este livro põe ao alcance dos leitores os meios para que isto se faça de modo correcto.
Disponibiliza extensa, criteriosa e pormenorizada informação e exemplificação, nos vários domínios que o uso da língua implica.
Trata-se de um contributo minucioso e reflectido, com os olhos num ideal de correcção e adequação, os pés bem assentes nesta terra (um tanto poluída), em que a língua portuguesa tem, hoje, alguma dificuldade em viver de um modo saudável.
De facto, assistimos diariamente a inúmeros atentados ao “corpo da língua”. Não há penalizações legais para este tipo de infracções (este tipo de descuidos) mas, como escreveu Vergílio Ferreira, “há casos em que o erro é evidente e assim, quem nele persiste, deve ser excluído do convívio geral.”
As Autoras
Edite Estrela é licenciada em Filologia Clássica e Mestre em Comunicação Social, Professora de Língua e Literatura Portuguesa durante 15 anos. Orientadora de estágios pedagógicos de Português. Monitora de Cursos de Formação na RTP, TSF, Lusa e Caixa Geral de Depósitos. Conferencista em várias Universidades e outras instituições nacionais e estrangeiras:Academia de Letras de São Paulo, Sociedade de Geografia, Instituto Superior Naval de Guerra, Sociedade de Língua Portuguesa, etc. Foi vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores. Autora de vários programas sobre Língua Portuguesa para rádio e televisão, designadamente, «Bem Dizer. Bem Escrever», «Crónicas de Bem Dizer» e «Falar Português». Este último, em parceria com o Prof. João David Pinto-Correia, com quem publicou também Guia Essencial da Língua Portuguesa para a Comunicação Social.
Tem vasta obra publicada, de que se destaca: Dúvidas do Falar Português (5 volumes), Bem Dizer. Bem Escrever, A Questão Ortográfica. Colaborou nas obras: Moderno Dicionário da Língua Portugues e Falar Melhor, Escrever Melhor. Tem mantido colaborações regulares em vários jornais (A Capital, Expresso, Jornal de Notícias…) revistas, rádios e televisões.
Maria Almira Soares é licenciada em Filologia Clássica, tendo leccionado, ao longo dos últimos trinta anos, as disciplinas de Literatura Portuguesa e Latim. No domínio do ensino da língua e literatura portuguesas, publicou duas séries de manuais escolares: Vamos ler e Palavras Certas e vários outros livros auxiliares de aprendizagens nesta área de que aqui se destacam Como Fazer um Resumo e Para uma leitura de Mensagem de Fernando Pessoa. Publicou, ainda, no âmbito do ensaio literário, Memorial do Convento, Um Modo de Narrar e Frei Luís de Sousa, Um Drama Psicológico e, no da reflexão pedagógica, Ensinar— Reflexões sobre a Prática Docente.
Maria José Leitão é licenciada em Filologia Românica, tendo leccionado, ao longo dos últimos trinta anos, as disciplinas de Literatura Portuguesa e de Francês. Tem dado variado contributo institucional nas áreas da avaliação, programação e formação, dentro do Ensino Secundário. Exerceu as funções de Orientadora de Estágio do ramo educacional da Faculdade de Letras de Lisboa. Foi co-autora de manuais de Francês e, por solicitação do Instituto do Emprego e Formação Profissional, do Programa de Língua e Cultura Portuguesas, para o 10º, 11º e 12º anos, e do Manual do Formando para o mesmo nível de estudos. Participou no concurso televisivo Falar Português, integrado no programa «Lugar de Encontro».
sexta-feira, janeiro 23, 2004
148 - ZADIE SMITH, O Homem dos Autógrafos
Alex-Li Tandem vende autógrafos. O seu negócio, que é uma gota de água numa gigantesca rede mundial de desejos, consiste em procurar nomes escritos sobre papel, coleccioná-los, vendê-los e uma vez por outra falsificá-los – tudo isto para dar às pessoas o que elas desejam: um pedaço de Fama. Mas o que deseja Alex? Afinal apenas o regresso do seu pai, o restabelecimento de um certo tipo de imagem divinizada toda-poderosa e benévola, o fim da religião, qualquer coisa para tirar a dor de cabeça, três raparigas diferentes, virtudes infinitas e o autógrafo raro da actriz de cinema dos anos quarenta Kitty Alexander.
O Homem dos Autógrafos faz uma ronda existencial extremamente divertida pelas coisas gratuitas da modernidade: a celebridade e o lamentável triunfo do símbolo sobre a experiência.
A Autora
Zadie Smith nasceu em Londres em 1975. Estudou na Universidade de Cambridge. Dentes Brancos, o seu primeiro romance, assinalou uma brilhante entrada na literatura e foi galardoado com o Guardian First Book Award, o Whitbread First Novel Award e o The Betty Trask Award.
O Homem dos Autógrafos , o seu mais recente romance, estará em breve nas livrarias.
O Homem dos Autógrafos faz uma ronda existencial extremamente divertida pelas coisas gratuitas da modernidade: a celebridade e o lamentável triunfo do símbolo sobre a experiência.
A Autora
Zadie Smith nasceu em Londres em 1975. Estudou na Universidade de Cambridge. Dentes Brancos, o seu primeiro romance, assinalou uma brilhante entrada na literatura e foi galardoado com o Guardian First Book Award, o Whitbread First Novel Award e o The Betty Trask Award.
O Homem dos Autógrafos , o seu mais recente romance, estará em breve nas livrarias.
147 - TEXTOS DE CONTRACAPA
A falta de tempo, a preguiça, alguma ausência de inspiração, bastante desencanto (com a blogosfera, mas sobretudo com o que lhe é exterior), têm estado a encaminhar este blogue para a literalidade: textos de contracapa são apenas os breves textos informativos com que os editores tentam chamar a atenção dos leitores para os livros que publicam.
Aqui vão ficando alguns, dispersos, anunciando livros que brevemente irão aparecer nas livrarias.
Tomem-nos pelo que são: informações que os meios de comunicação dão com alguma dificuldade...
Aqui vão ficando alguns, dispersos, anunciando livros que brevemente irão aparecer nas livrarias.
Tomem-nos pelo que são: informações que os meios de comunicação dão com alguma dificuldade...
146 - A MANCHA HUMANA, de PHILIP ROTH
Coleman Silk tem um segredo. Mas não se trata do segredo do caso que mantém, aos setenta e um anos, com uma mulher com metade da sua idade e um passado brutalmente devastado. Também não é o segredo do alegado racismo de Coleman, pretexto para a caça às bruxas desencadeada pela universidade e que lhe custou o emprego e, na sua opinião, lhe matou a mulher.
O segredo de Coleman foi guardado durante cinquenta anos: oculto da sua mulher, dos seus quatro filhos, dos seus colegas e dos seus amigos, incluindo o escritor Nathan Zuckerman que - após a morte suspeita de Coleman, com a amante, num desastre de automóvel - resolve compreender como é que aquele homem eminente e íntegro, apreciado como educador durante quase toda a sua vida, forjou a sua identidade e como essa vida tão cuidadosamente controlada acabou por ser deslindada.
Situado na América dos anos 90, onde princípios morais contraditórios e divergências ideológicas são trazidos à luz do dia através da denúncia pública e de rituais de purificação, A Mancha Humana completa a eloquente trilogia de Philip Roth sobre vidas americanas do pós-guerra tão tragicamente determinadas pelo destino da nação como pela «mácula humana» que marca de modo tão indelével a natureza do homem.
Este livro deu origem ao filme A Culpa Humana que teve como protagonistas Nicole Kidman e Anthony Hopkins.
O Autor
Nos anos 90, Philip Roth ganhou os quatro mais importantes prémios literários da América: o National Book Critics Circle Award com Patrimony (1991), o PEN/Faulkner Award com Operation Shylock (1993), o National Book Award com O Teatro de Sabbath (1995), e o Pulitzer Prize com Pastoral Americana (1997). Ganhou o Ambassador Book Award da União de Língua Inglesa com Casei com um Comunista (1998); no mesmo ano foi galardoado com a National Medal of Arts, na Casa Branca. Anteriormente obteve o National Book Critics Circle Award com The Counterlife (1986) e o National Book Award com o seu primeiro livro Goodbye, Columbus (1959). Em 2000 publicou A Mancha Humana, concluindo a trilogia sobre o espírito da América do pós-guerra. Com A Mancha Humana, Roth obteve o seu segundo PEN/Faulkner Award bem como o Britain’s W. H. Smith Award para o Melhor Livro do Ano. Em 2001 recebeu o mais alto galardão da Academia Americana de Artes e Letras, a Gold Medal para ficção, atribuída de seis em seis anos «para o conjunto da obra». O seu mais recente romance, The Dying Animal, foi publicado em 2001.
O segredo de Coleman foi guardado durante cinquenta anos: oculto da sua mulher, dos seus quatro filhos, dos seus colegas e dos seus amigos, incluindo o escritor Nathan Zuckerman que - após a morte suspeita de Coleman, com a amante, num desastre de automóvel - resolve compreender como é que aquele homem eminente e íntegro, apreciado como educador durante quase toda a sua vida, forjou a sua identidade e como essa vida tão cuidadosamente controlada acabou por ser deslindada.
Situado na América dos anos 90, onde princípios morais contraditórios e divergências ideológicas são trazidos à luz do dia através da denúncia pública e de rituais de purificação, A Mancha Humana completa a eloquente trilogia de Philip Roth sobre vidas americanas do pós-guerra tão tragicamente determinadas pelo destino da nação como pela «mácula humana» que marca de modo tão indelével a natureza do homem.
Este livro deu origem ao filme A Culpa Humana que teve como protagonistas Nicole Kidman e Anthony Hopkins.
O Autor
Nos anos 90, Philip Roth ganhou os quatro mais importantes prémios literários da América: o National Book Critics Circle Award com Patrimony (1991), o PEN/Faulkner Award com Operation Shylock (1993), o National Book Award com O Teatro de Sabbath (1995), e o Pulitzer Prize com Pastoral Americana (1997). Ganhou o Ambassador Book Award da União de Língua Inglesa com Casei com um Comunista (1998); no mesmo ano foi galardoado com a National Medal of Arts, na Casa Branca. Anteriormente obteve o National Book Critics Circle Award com The Counterlife (1986) e o National Book Award com o seu primeiro livro Goodbye, Columbus (1959). Em 2000 publicou A Mancha Humana, concluindo a trilogia sobre o espírito da América do pós-guerra. Com A Mancha Humana, Roth obteve o seu segundo PEN/Faulkner Award bem como o Britain’s W. H. Smith Award para o Melhor Livro do Ano. Em 2001 recebeu o mais alto galardão da Academia Americana de Artes e Letras, a Gold Medal para ficção, atribuída de seis em seis anos «para o conjunto da obra». O seu mais recente romance, The Dying Animal, foi publicado em 2001.
145 - O caso MODERNA, em livro
“É claro que a opinião pública não é isenta, está dominada por preconceitos, pode ser também objecto de manipulação. Talvez. O processo penal não é perfeito e o mundo também o não é. Mas o proceso penal cumpriu ao menos parcialmente a sua função: os tais factos vieram para a praça pública. Estão num processo que todos podem consultar.
O resultado não é perfeito: mas mesmo assim talvez tenha alguma eficácia dissuasória.
E não é essa a função mais importante do Direito penal?
Todos estes dilemas, que atravessam sempre uma investigação criminal e o seu julgamento, são refinadamente tratados pelo Rui Costa Pinto nas crónicas que agora edita.”
Maria José Morgado (do Prefácio)
Esta obra contém testemunhos de Manuel Dores: Procurador adjunto do Ministério Público; Manuel Vaz: Ex-Revisor Oficial de Contas da Dinensino; José Maria Bello Dias: Advogado; Jorge Raposo: Juiz; Paula Lourenço: Advogada; Raúl Soares da Veiga: Advogado
O Autor
Rui Costa Pinto, 43 anos, Grande Repórter da revista Visão, desempenhou diversas funções em órgãos de comunicação social escrita e falada. Após ter frequentado o Instituto de Ciências Políticas de Paris, regressou ao Porto, onde nasceu, a 7 de Dezembro de 1960, para abraçar o jornalismo, “a profissão mais bonita do mundo”, como gosta de lhe chamar. Após a sua passagem pelas delegações do Diário de Notícias e do Diário e Semanário Económico, no Porto, rumou ao Oriente para descobrir a arte do jornalismo radiofónico, na TDM, em Macau, onde assinou diversos artigos como correspondente do Diário de Notícias. De volta a Portugal, integrou a redação do semanário O Independente e, posteriormente, a equipa de jornalistas da Visão, a partir de Março de 2001.
O resultado não é perfeito: mas mesmo assim talvez tenha alguma eficácia dissuasória.
E não é essa a função mais importante do Direito penal?
Todos estes dilemas, que atravessam sempre uma investigação criminal e o seu julgamento, são refinadamente tratados pelo Rui Costa Pinto nas crónicas que agora edita.”
Maria José Morgado (do Prefácio)
Esta obra contém testemunhos de Manuel Dores: Procurador adjunto do Ministério Público; Manuel Vaz: Ex-Revisor Oficial de Contas da Dinensino; José Maria Bello Dias: Advogado; Jorge Raposo: Juiz; Paula Lourenço: Advogada; Raúl Soares da Veiga: Advogado
O Autor
Rui Costa Pinto, 43 anos, Grande Repórter da revista Visão, desempenhou diversas funções em órgãos de comunicação social escrita e falada. Após ter frequentado o Instituto de Ciências Políticas de Paris, regressou ao Porto, onde nasceu, a 7 de Dezembro de 1960, para abraçar o jornalismo, “a profissão mais bonita do mundo”, como gosta de lhe chamar. Após a sua passagem pelas delegações do Diário de Notícias e do Diário e Semanário Económico, no Porto, rumou ao Oriente para descobrir a arte do jornalismo radiofónico, na TDM, em Macau, onde assinou diversos artigos como correspondente do Diário de Notícias. De volta a Portugal, integrou a redação do semanário O Independente e, posteriormente, a equipa de jornalistas da Visão, a partir de Março de 2001.
quinta-feira, janeiro 15, 2004
144 - INFORMAÇÃO EDITORIAL
Le Seuil et La Martinière annoncent leur fusion
LE MONDE | 12.01.04 |
Le Seuil et La Martinière annoncent leur fusion
LE MONDE | 12.01.04 |
Le nouvel ensemble représentera le troisième éditeur français, derrière Hachette Livre et Editis.
La restructuration de l'édition française se fait à grande vitesse. C'est d'ailleurs dans le Thalys Paris-Bruxelles que les contacts entre Claude Cherki, PDG du Seuil, et Hervé de La Martinière, patron du groupe qui porte son nom, se sont renforcés dans leur combat commun (avec Gallimard) contre le rachat de VUP-Editis par le groupe Lagardère.
Le projet de rapprochement des deux maisons indépendantes devait être annoncé lundi 12 janvier. Il va donner naissance au numéro trois de l'édition française : le groupe La Martinière-Le Seuil. Hervé de La Martinière en sera le président et Claude Cherki, le vice-président, tout en restant patron du Seuil. L'ensemble devrait représenter un chiffre d'affaires de plus de 280 millions d'euros, ce qui le place nettement devant Flammarion et Gallimard (avec respectivement 227,5 et 225,6 millions d'euros de chiffre d'affaires en 2002), mais largement derrière Hachette Livre (1,2 milliard d'euros) et Editis (600 millions).
"C'est d'abord la rencontre de deux hommes, explique Hervé de La Martinière (...)
La restructuration de l'édition française se fait à grande vitesse. C'est d'ailleurs dans le Thalys Paris-Bruxelles que les contacts entre Claude Cherki, PDG du Seuil, et Hervé de La Martinière, patron du groupe qui porte son nom, se sont renforcés dans leur combat commun (avec Gallimard) contre le rachat de VUP-Editis par le groupe Lagardère.
Le projet de rapprochement des deux maisons indépendantes devait être annoncé lundi 12 janvier. Il va donner naissance au numéro trois de l'édition française : le groupe La Martinière-Le Seuil. Hervé de La Martinière en sera le président et Claude Cherki, le vice-président, tout en restant patron du Seuil. L'ensemble devrait représenter un chiffre d'affaires de plus de 280 millions d'euros, ce qui le place nettement devant Flammarion et Gallimard (avec respectivement 227,5 et 225,6 millions d'euros de chiffre d'affaires en 2002), mais largement derrière Hachette Livre (1,2 milliard d'euros) et Editis (600 millions).
"C'est d'abord la rencontre de deux hommes, explique Hervé de La Martinière (...)
quarta-feira, janeiro 14, 2004
143 - OS BLOGUES...
Tenho tantas coisas interessantes para ler que não me sobra tempo para escrever - frase adaptada de uma piada que dantes se contava do crítico literário João Gaspar Simões: "tenho tanto que fazer que não me sobra tempo para ler..."
Gaspar Simões referia-se aos livros que era suposto ter de criticar; eu refiro-me aos blogues, evidentemente - cuja qualidade e interesse não páram de crescer. Veja-se, por exemplo, o Causa Nossa.
Gaspar Simões referia-se aos livros que era suposto ter de criticar; eu refiro-me aos blogues, evidentemente - cuja qualidade e interesse não páram de crescer. Veja-se, por exemplo, o Causa Nossa.
segunda-feira, janeiro 05, 2004
142 - O frio... este frio.
Algumas palavras são mais que o som.
(…)
Assim me apoio às palavras,
Procuro a tudo dar um nome,
E em noites destas – salientes, defumadas,
Com vozes que nos chamam – sou um corpo
novo. Quebrando o meu silêncio,
povoo alguns espaços de alegria.
Rasgo o papel. Irado, desejoso
De saber até onde, quando, como,
O corpo vai. Nas palavras me encontro.
Cansado, quase morto, à espera,
Sempre à espera. Nas palavras vivo,
Denuncio ou ataco. Há um grande sol
À nossa espera. Quantos somos?
in “Algumas palavras” (1969)
Homenagem também a Vitor de Sá, falecido com 82 anos. Marcou a minha geração, foi depois Deputado e um exemplo de seriedade na nossa democracia.
E chega de perdas. Voltemos ao ano novo.
Quando chegaram as noites frias do Inverno e a proximidade do Natal, lembrei-me das mortes que normalmente ocorrem por esta altura do ano.
Como se os mais fracos não aguentassem, desistindo por fim, num estremecimento de frio.
Assim aconteceu.
Paradela de Abreu, uma figura contestável, um editor cheio de sentido da oportunidade, foi ele o verdadeiro editor desse livro decisivo que foi o “Portugal e o Futuro”, de Spínola; também um negociante de armas (diziam) colaborando com o ELP e outras organizações similares, um homem que acabou sozinho, depois de se ter envolvido em negócios que nunca foram muito claros.
Encontrámo-nos uma última vez, há já muitos meses, num desses “descansos” da auto-estrada Lisboa/Porto. Ele vinha de uma delegação do Instituto Piaget, em Trás-os-Montes, com quem então colaborava fazendo não entendi bem o quê. Havíamos coincidido na editora Arcádia, logo após a publicação do livro de Spínola, frequentávamos o bife do Snob, altas horas da noite. Apesar desta proximidade, nunca deixou que se soubesse muito da sua vida estranha, nem mesmo quando o álcool parecia descontrolá-lo um pouco mais.
Era um editor com imaginação e criatividade, sabia do seu ofício, aprendi com ele (em breves conversas) algumas coisas da profissão. Procurei, com cuidado, nunca me envolver no resto da sua vida. Morreu aos 70 anos, a meio dos frios de Dezembro, dia 17, suponho.
Teve a sorte de, entre outros, ser o editor de um livro que ficará como símbolo da nossa História mais recente.
Herlânder Rolo, proprietário da tipografia Rolo & Filhos, em Mafra. Foi lá, e com a sua ajuda (discreta, mas cheia de profissionalismo), que foi impresso quase clandestinamente o livro de Rui Mateus, “Memórias de um PS Desconhecido”.
Clandestinamente, sim, não é exagero, apesar de estarmos já numa fase adiantada da nossa democracia. Muita gente pretendia ler este livro antes da sua divulgação pública...
Tivemos sorte, eu e Herlânder Rolo, de saber pertencer a esse tempo em que o editor e o impressor estabeleciam entre si laços de cumplicidade, imprescindíveis ao arrojo de certas iniciativas editoriais.
Numa das noites em que decorreu a impressão deste livro, a sua Gráfica sofreu uma tentativa de assalto por parte de alguns jornalistas do semanário O Independente, alguns deles (têm-me dito) trabalhando agora no Gabinete do Ministro Paulo Portas. Assalto esse que depois se prolongou, no caminho entre Mafra e Lisboa, numa alucinante perseguição às viaturas que transportavam para a Distribuidora a 1ª edição deste livro. Trinta mil exemplares, vendidos logo no primeiro dia do seu lançamento - para fazer ruborizar alguns best-sellers de agora…
Morreu no último dia do ano quando, infelizmente, todos pensávamos noutras coisas.
Espero que os seus filhos Célia e João Paulo prossigam o seu trabalho e o seu exemplo.
Eduardo Guerra Carneiro, o poeta de “Isto Anda Tudo Ligado” (1970), o jornalista, o companheiro de tantas aventuras antigas, dos suplementos juvenis, do suplemento literário do Diário de Lisboa (agora já não se usa dizer “suplemento literário”), da revista “& etc.”, das noitadas do Monte Carlo e do Snob, dos almoços quase diários no “13”, do café, antes do almoço, na Brasileira, dos copos e conversas, noite dentro, no Bolero, ou em casas dos amigos.
Estremeci, quando a noticia me caiu em cima, ao tomar consciência da proximidade entre as nossas idades, eu que sempre o tratava como mais velho. Ele com 61, eu afinal já com estes 58.
Não tenho nada para dizer. Nem me apetece. O Eduardo decidiu terminar. Não era a primeira vez que falava disso, como quando aconteceu com o pintor Fausto Boavida. Apetece-me apenas lembrá-lo, sei que terei de lembrá-lo sempre, tantas foram as coisas que vivemos juntos. Lembras-te também, Victor? Claro, tu não podes responder. Não escreves certamente nenhum blogue… Imagino que nem uses um computador…
Fica aqui este poema. Datado? Não o são todas as palavras?
Como se os mais fracos não aguentassem, desistindo por fim, num estremecimento de frio.
Assim aconteceu.
Paradela de Abreu, uma figura contestável, um editor cheio de sentido da oportunidade, foi ele o verdadeiro editor desse livro decisivo que foi o “Portugal e o Futuro”, de Spínola; também um negociante de armas (diziam) colaborando com o ELP e outras organizações similares, um homem que acabou sozinho, depois de se ter envolvido em negócios que nunca foram muito claros.
Encontrámo-nos uma última vez, há já muitos meses, num desses “descansos” da auto-estrada Lisboa/Porto. Ele vinha de uma delegação do Instituto Piaget, em Trás-os-Montes, com quem então colaborava fazendo não entendi bem o quê. Havíamos coincidido na editora Arcádia, logo após a publicação do livro de Spínola, frequentávamos o bife do Snob, altas horas da noite. Apesar desta proximidade, nunca deixou que se soubesse muito da sua vida estranha, nem mesmo quando o álcool parecia descontrolá-lo um pouco mais.
Era um editor com imaginação e criatividade, sabia do seu ofício, aprendi com ele (em breves conversas) algumas coisas da profissão. Procurei, com cuidado, nunca me envolver no resto da sua vida. Morreu aos 70 anos, a meio dos frios de Dezembro, dia 17, suponho.
Teve a sorte de, entre outros, ser o editor de um livro que ficará como símbolo da nossa História mais recente.
Herlânder Rolo, proprietário da tipografia Rolo & Filhos, em Mafra. Foi lá, e com a sua ajuda (discreta, mas cheia de profissionalismo), que foi impresso quase clandestinamente o livro de Rui Mateus, “Memórias de um PS Desconhecido”.
Clandestinamente, sim, não é exagero, apesar de estarmos já numa fase adiantada da nossa democracia. Muita gente pretendia ler este livro antes da sua divulgação pública...
Tivemos sorte, eu e Herlânder Rolo, de saber pertencer a esse tempo em que o editor e o impressor estabeleciam entre si laços de cumplicidade, imprescindíveis ao arrojo de certas iniciativas editoriais.
Numa das noites em que decorreu a impressão deste livro, a sua Gráfica sofreu uma tentativa de assalto por parte de alguns jornalistas do semanário O Independente, alguns deles (têm-me dito) trabalhando agora no Gabinete do Ministro Paulo Portas. Assalto esse que depois se prolongou, no caminho entre Mafra e Lisboa, numa alucinante perseguição às viaturas que transportavam para a Distribuidora a 1ª edição deste livro. Trinta mil exemplares, vendidos logo no primeiro dia do seu lançamento - para fazer ruborizar alguns best-sellers de agora…
Morreu no último dia do ano quando, infelizmente, todos pensávamos noutras coisas.
Espero que os seus filhos Célia e João Paulo prossigam o seu trabalho e o seu exemplo.
Eduardo Guerra Carneiro, o poeta de “Isto Anda Tudo Ligado” (1970), o jornalista, o companheiro de tantas aventuras antigas, dos suplementos juvenis, do suplemento literário do Diário de Lisboa (agora já não se usa dizer “suplemento literário”), da revista “& etc.”, das noitadas do Monte Carlo e do Snob, dos almoços quase diários no “13”, do café, antes do almoço, na Brasileira, dos copos e conversas, noite dentro, no Bolero, ou em casas dos amigos.
Estremeci, quando a noticia me caiu em cima, ao tomar consciência da proximidade entre as nossas idades, eu que sempre o tratava como mais velho. Ele com 61, eu afinal já com estes 58.
Não tenho nada para dizer. Nem me apetece. O Eduardo decidiu terminar. Não era a primeira vez que falava disso, como quando aconteceu com o pintor Fausto Boavida. Apetece-me apenas lembrá-lo, sei que terei de lembrá-lo sempre, tantas foram as coisas que vivemos juntos. Lembras-te também, Victor? Claro, tu não podes responder. Não escreves certamente nenhum blogue… Imagino que nem uses um computador…
Fica aqui este poema. Datado? Não o são todas as palavras?
Algumas palavras são mais que o som.
(…)
Assim me apoio às palavras,
Procuro a tudo dar um nome,
E em noites destas – salientes, defumadas,
Com vozes que nos chamam – sou um corpo
novo. Quebrando o meu silêncio,
povoo alguns espaços de alegria.
Rasgo o papel. Irado, desejoso
De saber até onde, quando, como,
O corpo vai. Nas palavras me encontro.
Cansado, quase morto, à espera,
Sempre à espera. Nas palavras vivo,
Denuncio ou ataco. Há um grande sol
À nossa espera. Quantos somos?
in “Algumas palavras” (1969)
Homenagem também a Vitor de Sá, falecido com 82 anos. Marcou a minha geração, foi depois Deputado e um exemplo de seriedade na nossa democracia.
E chega de perdas. Voltemos ao ano novo.