sábado, outubro 25, 2003

 
115 - MARIO VARGAS LLOSA

Desta vez o comentário de A Montanha Mágica foi injusto para com os jornalistas portugueses.
Mario Vargas Llosa esteve em Portugal por 4 ou 5 dias. Durante esse tempo foi possível à Dom Quixote organizar encontros e entrevistas com quase todos os mais importantes orgãos de comunicação social portugueses. Vieram todos, todos fizeram com ele o trabalho que entenderam. Muitas entrevistas e outros trabalhos estão, naturalmente, ainda por publicar: a revista Publica (Adelino Gomes), as revistas Ler e Os Meus Livros, o Expresso, uma longa entrevista de televisão com a Ana Sousa Dias (para além da de Judite de Sousa, transmitida a horas anormalmente tardias), a Visão, etc. Sairam apenas, até agora, as dos jornais diários e rádios (TSF), sempre mais flexíveis, como é natural.
Não há razão para comentários negativos. Desta vez.
Os problemas foram outros.
Durante a sua estadia Mário perguntou-me várias vezes se os jornalistas com quem falou conheceriam de factos os seus livros. Isto porque lhe não faziam perguntas sobre literatura; apenas sobre política. Tive de lhe explicar que, em Portugal, o raio da política invade tudo, mesmo a cabeça dos jornalistas culturais. É uma seca. Ele respondia: mas sobre o Perú?!!! Interessa-lhes assim tanto o que se passa no Perú? Ainda se fosse sobre o Iraque, tu não achas?