segunda-feira, agosto 25, 2003
086 - REGRESSO...
Regresso.
Não muito animado.
O verão foi violento e duro, o país ficou bastante mais pobre do que era, muita dessa pobreza nem nós a imaginamos bem, agora.
Ela acabará por revelar-se depois, lentamente, quase sem darmos por isso, nos mais variados aspectos da nossa vida.
Nem vale a pena iludirmo-nos com os apoios anunciados, com os preços garantidos, com os subsídios que hão-de chegar de fora, com as colectas públicas aparentemente generosas, etc. Os grandes proprietários, como sempre, começarão a recolher tudo isso com os seus lobbies, as suas estruturas bem preparadas. Os pequenos (também como sempre...) terão de dirigir-se às Juntas de Freguesia, preencher papéis, requerimentos, juntar certidões, preencher mais papéis, fornecer dados justificativos, aguardar, aguardar... aguardar até ao esquecimento.
*
As páginas de economia do Expresso, este último fim de semana, relatavam aliás um estudo curioso. Tudo desceu: o consumo de cimento, a compra de brinquedos, a compra de casas, de vestuário, as despesas com restaurantes, etc.
Só uma coisa subiu: as despesas dos portugueses com o totoloto e o totobola (cerca de 15%).
Somos assim. Não protegemos a riqueza criada. Apostamos na sorte.
Os Governos também, apostam na sorte. Falta-lhes a capacidade de previsão, o estudo sério dos problemas, a iniciativa, a seriedade dos processos.
Tira-se de um bolso; põe-se no outro. Fica tudo na mesma, não se criou riqueza nenhuma, mas o Orçamento anual fica mais limpo, a ver se conseguimos enganar-nos a nós próprios. Como na decisão recente de vender património público imobiliário à Caixa Geral de Depósitos.
Tira-se de um bolso; põe-se no outro.
Lamentável.
Não muito animado.
O verão foi violento e duro, o país ficou bastante mais pobre do que era, muita dessa pobreza nem nós a imaginamos bem, agora.
Ela acabará por revelar-se depois, lentamente, quase sem darmos por isso, nos mais variados aspectos da nossa vida.
Nem vale a pena iludirmo-nos com os apoios anunciados, com os preços garantidos, com os subsídios que hão-de chegar de fora, com as colectas públicas aparentemente generosas, etc. Os grandes proprietários, como sempre, começarão a recolher tudo isso com os seus lobbies, as suas estruturas bem preparadas. Os pequenos (também como sempre...) terão de dirigir-se às Juntas de Freguesia, preencher papéis, requerimentos, juntar certidões, preencher mais papéis, fornecer dados justificativos, aguardar, aguardar... aguardar até ao esquecimento.
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As páginas de economia do Expresso, este último fim de semana, relatavam aliás um estudo curioso. Tudo desceu: o consumo de cimento, a compra de brinquedos, a compra de casas, de vestuário, as despesas com restaurantes, etc.
Só uma coisa subiu: as despesas dos portugueses com o totoloto e o totobola (cerca de 15%).
Somos assim. Não protegemos a riqueza criada. Apostamos na sorte.
Os Governos também, apostam na sorte. Falta-lhes a capacidade de previsão, o estudo sério dos problemas, a iniciativa, a seriedade dos processos.
Tira-se de um bolso; põe-se no outro. Fica tudo na mesma, não se criou riqueza nenhuma, mas o Orçamento anual fica mais limpo, a ver se conseguimos enganar-nos a nós próprios. Como na decisão recente de vender património público imobiliário à Caixa Geral de Depósitos.
Tira-se de um bolso; põe-se no outro.
Lamentável.