quinta-feira, junho 26, 2003
035 - PARA QUE SERVE UM EDITOR ?
Para que serve uma Editora ? - no sentido de "uma empresa editorial" - perguntava há dias o The Wall Street Journal, na sequência dos mega sucessos recentemente colocados no mercado: último Harry Potter e a biografia de Hillary Clinton.
Para logo em seguida informar: Barnes & Noble, a maior cadeia de livrarias do mundo (900 postos de venda e 16% do total do mercado nos USA), projecta criar a sua própria Editora.
Projecta-se portanto uma espécie de "livros brancos", como se se tratasse de uma pasta de dentes ou um detergente sem marca.
No meio de tudo isto (pergunto-me), para que meandros ficará relegada esta minha velha profissão ?
E os Estados ? Continuarão a consentir que o património literário dos seus países (os chamados livros no domínio público) sejam cada vez mais "produtos brancos", ao sabor de iniciativas desreguladas, sem controlo de qualidade, e gratuitas em termos de custos de direitos autorais ?
Que deve entender-se exactamente por "domínio público" ?
Na verdade, se eu vendo milhões de exemplares do Harry Potter, porque não pensar em editá-lo eu próprio com uma margem superior ?
E Fernando Pessoa, em 2005, lá ficará também em domínio público...
O problema é que nas estruturas estatais ninguém pensa nestas questões.
Defender o património cultural "dá" poucos votos e muita maçada.
Para que serve uma Editora ? - no sentido de "uma empresa editorial" - perguntava há dias o The Wall Street Journal, na sequência dos mega sucessos recentemente colocados no mercado: último Harry Potter e a biografia de Hillary Clinton.
Para logo em seguida informar: Barnes & Noble, a maior cadeia de livrarias do mundo (900 postos de venda e 16% do total do mercado nos USA), projecta criar a sua própria Editora.
Projecta-se portanto uma espécie de "livros brancos", como se se tratasse de uma pasta de dentes ou um detergente sem marca.
No meio de tudo isto (pergunto-me), para que meandros ficará relegada esta minha velha profissão ?
E os Estados ? Continuarão a consentir que o património literário dos seus países (os chamados livros no domínio público) sejam cada vez mais "produtos brancos", ao sabor de iniciativas desreguladas, sem controlo de qualidade, e gratuitas em termos de custos de direitos autorais ?
Que deve entender-se exactamente por "domínio público" ?
Na verdade, se eu vendo milhões de exemplares do Harry Potter, porque não pensar em editá-lo eu próprio com uma margem superior ?
E Fernando Pessoa, em 2005, lá ficará também em domínio público...
O problema é que nas estruturas estatais ninguém pensa nestas questões.
Defender o património cultural "dá" poucos votos e muita maçada.