domingo, fevereiro 15, 2004
153 - APENAS UM PEDANTE...
Não há dúvida.
Ultimamente, ao fim de semana, o Expresso tem-nos surpreendido com algumas notícias importantes nas suas primeiras páginas.
Desta vez, não pode deixar de se destacar, ficámos a saber das candidaturas de Bush e de Blair ao Prémio Nobel da Paz e, claro, da finalmente assumida (embora com subtis correcções de estratégia) candidatura presidencial de Pedro Santana Lopes.
Agora sim, podemos dizer: o homem é um pedante e isso dificulta-lhe o olhar sobre si próprio.
Ultimamente, ao fim de semana, o Expresso tem-nos surpreendido com algumas notícias importantes nas suas primeiras páginas.
Desta vez, não pode deixar de se destacar, ficámos a saber das candidaturas de Bush e de Blair ao Prémio Nobel da Paz e, claro, da finalmente assumida (embora com subtis correcções de estratégia) candidatura presidencial de Pedro Santana Lopes.
Agora sim, podemos dizer: o homem é um pedante e isso dificulta-lhe o olhar sobre si próprio.
sábado, fevereiro 14, 2004
152 - MAIS LIVROS... em breve.
O CASO "UNIVERSIDADE MODERNA"
O CASO "UNIVERSIDADE MODERNA"
“É claro que a opinião pública não é isenta, está dominada por preconceitos, pode ser também objecto de manipulação. Talvez. O processo penal não é perfeito e o mundo também o não é. Mas o processo penal cumpriu ao menos parcialmente a sua função: os tais factos vieram para a praça pública. Estão num processo que todos podem consultar.
O resultado não é perfeito: mas mesmo assim talvez tenha alguma eficácia dissuasória.
E não é essa a função mais importante do Direito penal?
Todos estes dilemas, que atravessam sempre uma investigação criminal e o seu julgamento, são refinadamente tratados pelo Rui Costa Pinto nas crónicas que agora edita.”
Do Prefácio de Maria José Morgado
Esta obra conta ainda com testemunhos de Manuel Dores: Procurador adjunto do Ministério Público; Manuel Vaz: Revisor Oficial de Contas da Dinensino; José Maria Bello Dias: Advogado; Jorge Raposo: Juiz; Paula Lourenço: Advogada; Raúl Soares da Veiga: Advogado
O Autor
Rui Costa Pinto, 43 anos, Grande Repórter da revista Visão, desempenhou diversas funções em órgãos de comunicação social escrita e falada. Após ter frequentado o Instituto de Ciências Políticas de Paris, regressou ao Porto, onde nasceu, a 7 de Dezembro de 1960, para abraçar o jornalismo, “a profissão mais bonita do mundo”, como gosta de lhe chamar. Após a sua passagem pelas delegações do Diário de Notícias e do Diário e Semanário Económico, no Porto, rumou ao Oriente para descobrir a arte do jornalismo radiofónico, na TDM, em Macau, onde assinou diversos artigos como correspondente do Diário de Notícias. De volta a Portugal, integrou a redacção do semanário O Independente e, posteriormente, a equipa de jornalistas da Visão, a partir de Março de 2001.
RAFAEL - o novo romance de Manuel Alegre
Andará de casa em casa, de hotel em hotel, mudará o nome, mudará o rosto, deixará crescer o bigode, usará óculos sem lentes, um passaporte para os hotéis, outro para viajar, em cada novo documento um nome e uma profissão diferente, está clandestino dentro de si mesmo, perdeu os locais, as referências, a identidade. É ele e já não é, não usa o nome próprio, tem quatro ou cinco pseudónimos que são um outro ou outros, heterónimos do desaparecido que traz dentro de si, ora é francês, ora espanhol, ora argelino, ele é sozinho, não propriamente, como queria o outro, uma literatura, mas uma nova brigada internacional.
O Autor
Manuel Alegre nasceu em Águeda a 12 de Maio de 1936. Estudou em Lisboa, no Porto e na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi campeão de natação e actor do Teatro Universitário da Universidade de Coimbra (TEUC). Em 1961, é mobilizado para Angola onde participa num movimento de resistência no interior das Forças Armadas e numa tentativa de revolta militar. Preso pela PIDE, passará seis meses na fortaleza de S. Paulo em Luanda, onde encontra Luandino Vieira. Ali escreve grande parte dos poemas do seu primeiro livro A Praça da Canção (1965). No início de 1964 volta a Coimbra, mas a perseguição policial obriga-o à clandestinidade e, posteriormente, à emigração. Em Outubro de 1964 é eleito membro do comité nacional da Frente Patriótica de Libertação Nacional e passa a trabalhar em Argel na emissora Voz da Liberdade. Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974. É actualmente deputado pelo Partido Socialista à Assembleia da República .
É autor, entre outras obras de 30 Anos de Poesia (prefácio de Eduardo Lourenço, 1995, em 2ª edição), que assinala os 30 anos da publicação de A Praça da Canção, do volume de contos O Homem do País Azul (1989) e dos romances Jornada de África (1989, 2ª edição), Alma (1995, 7ª edição) e A Terceira Rosa (1998, 2ª edição), da colectânea de textos políticos Contra a Corrente (1997) e dos livros de poesia Senhora das Tempestades (1998, 2ª edição) e Rouxinol do Mundo – Dezanove Poemas Franceses e um provençal subvertidos para Português (1998). Ao seu livro Senhora das Tempestades foram atribuídos o Grande Prémio de Poesia APE-CTT 1998 e o Prémio da Crítica 1998 da Associação Internacional dos Críticos Literários.
A sua poesia encontra-se reunida em Obra Poética (1999), volume no qual estão incluídos os seus livros Pico, Alentejo e Ninguém e Che bem como inúmeros inéditos. Obra Poética teve a sua 6ª edição em 2000. Em 2002 publica o ensaio A Arte de Marear e a novela Cão Como Nós. Rafael é o seu mais recente romance.
PARA ALÉM DA CRENÇA - V. S. NAIPAUL, Prémio Nobel de Literatura em 2001
Este é um livro sobre um dos temas mais importantes e mais perturbadores do nosso tempo. Porém, não é uma obra de opinião. É – à maneira de Naipaul – um trabalho muito rico e muito humano, cheio de pessoas e de histórias. O islamismo é uma religião árabe que faz imperiosas exigências de arabização aos seus convertidos. Nesta óptica, é mais do que uma fé privada, pode tornar-se uma neurose. O que fez este Islão árabe à História da Indonésia, do Irão, do Paquistão e da Malásia? Como é que estes novos muçulmanos vêem o seu passado – e o seu futuro?
Numa continuação de Among the Believers, o relato clássico das suas viagens por estes países, V. S. Naipaul está de volta, após um intervalo de dezassete anos, para descobrir como e o que pregam os convertidos.
O Autor
V. S. Naipaul nasceu em Trinidade, no ano de 1932. Frequentou o University College, em Oxford, e estabeleceu-se em Londres, onde iniciou a sua actividade de escritor. As suas obras de ficção incluem: The Mystic Masseur (1957, Prémio John Llewellyn Rhys), The Suffrage of Elvira (1958), Miguel Street (1959; Prémio Somerset Maugham), Uma Casa Para Mr. Biswas (1961), Mr. Stone and the Knights Companion (1963; Prémio Hawthornden), The Mimic Man (1967; Prémio W. H. Smith), A Flag on the Island (1967), In a Free State (1971; Booker Prize), Guerrillas (1975), A Curva do Rio (1979), The Enigma of Arrival (1987) e A Way in the World (1994). V. S. Naipaul é ainda autor de uma vasta bibliografia de viagens e testemunhos sobre a Ásia, a América do Sul, a África e o Médio Oriente: The Middle Passage (1962), An Area of Darkness (1964), India: A Wounded Civilization (1977) e India: A Million Mutinies Now (1990). Publicou ainda The Loss of El Dorado (1969), The Overcrowded Barracoon (1972), The Return of Eva Perón juntamente com The Killings in Trinidad (1980), Among the Believers (1981), Finding the Centre (1984) e Letters Between a Father and Son (1999). Em 1995, regressou à Indonésia, ao Irão, ao Paquistão e à Malásia. Para Além da Crença é o relato destas viagens. V. S. Naipaul recebeu o grau de Cavaleiro, na lista de honra do Ano Novo de 1990, por serviços à Literatura e em 1993, foi o primeiro a merecer o Prémio David Cohen de literatura britânica e em 2001 foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura.
O resultado não é perfeito: mas mesmo assim talvez tenha alguma eficácia dissuasória.
E não é essa a função mais importante do Direito penal?
Todos estes dilemas, que atravessam sempre uma investigação criminal e o seu julgamento, são refinadamente tratados pelo Rui Costa Pinto nas crónicas que agora edita.”
Do Prefácio de Maria José Morgado
Esta obra conta ainda com testemunhos de Manuel Dores: Procurador adjunto do Ministério Público; Manuel Vaz: Revisor Oficial de Contas da Dinensino; José Maria Bello Dias: Advogado; Jorge Raposo: Juiz; Paula Lourenço: Advogada; Raúl Soares da Veiga: Advogado
O Autor
Rui Costa Pinto, 43 anos, Grande Repórter da revista Visão, desempenhou diversas funções em órgãos de comunicação social escrita e falada. Após ter frequentado o Instituto de Ciências Políticas de Paris, regressou ao Porto, onde nasceu, a 7 de Dezembro de 1960, para abraçar o jornalismo, “a profissão mais bonita do mundo”, como gosta de lhe chamar. Após a sua passagem pelas delegações do Diário de Notícias e do Diário e Semanário Económico, no Porto, rumou ao Oriente para descobrir a arte do jornalismo radiofónico, na TDM, em Macau, onde assinou diversos artigos como correspondente do Diário de Notícias. De volta a Portugal, integrou a redacção do semanário O Independente e, posteriormente, a equipa de jornalistas da Visão, a partir de Março de 2001.
RAFAEL - o novo romance de Manuel Alegre
Andará de casa em casa, de hotel em hotel, mudará o nome, mudará o rosto, deixará crescer o bigode, usará óculos sem lentes, um passaporte para os hotéis, outro para viajar, em cada novo documento um nome e uma profissão diferente, está clandestino dentro de si mesmo, perdeu os locais, as referências, a identidade. É ele e já não é, não usa o nome próprio, tem quatro ou cinco pseudónimos que são um outro ou outros, heterónimos do desaparecido que traz dentro de si, ora é francês, ora espanhol, ora argelino, ele é sozinho, não propriamente, como queria o outro, uma literatura, mas uma nova brigada internacional.
O Autor
Manuel Alegre nasceu em Águeda a 12 de Maio de 1936. Estudou em Lisboa, no Porto e na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi campeão de natação e actor do Teatro Universitário da Universidade de Coimbra (TEUC). Em 1961, é mobilizado para Angola onde participa num movimento de resistência no interior das Forças Armadas e numa tentativa de revolta militar. Preso pela PIDE, passará seis meses na fortaleza de S. Paulo em Luanda, onde encontra Luandino Vieira. Ali escreve grande parte dos poemas do seu primeiro livro A Praça da Canção (1965). No início de 1964 volta a Coimbra, mas a perseguição policial obriga-o à clandestinidade e, posteriormente, à emigração. Em Outubro de 1964 é eleito membro do comité nacional da Frente Patriótica de Libertação Nacional e passa a trabalhar em Argel na emissora Voz da Liberdade. Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974. É actualmente deputado pelo Partido Socialista à Assembleia da República .
É autor, entre outras obras de 30 Anos de Poesia (prefácio de Eduardo Lourenço, 1995, em 2ª edição), que assinala os 30 anos da publicação de A Praça da Canção, do volume de contos O Homem do País Azul (1989) e dos romances Jornada de África (1989, 2ª edição), Alma (1995, 7ª edição) e A Terceira Rosa (1998, 2ª edição), da colectânea de textos políticos Contra a Corrente (1997) e dos livros de poesia Senhora das Tempestades (1998, 2ª edição) e Rouxinol do Mundo – Dezanove Poemas Franceses e um provençal subvertidos para Português (1998). Ao seu livro Senhora das Tempestades foram atribuídos o Grande Prémio de Poesia APE-CTT 1998 e o Prémio da Crítica 1998 da Associação Internacional dos Críticos Literários.
A sua poesia encontra-se reunida em Obra Poética (1999), volume no qual estão incluídos os seus livros Pico, Alentejo e Ninguém e Che bem como inúmeros inéditos. Obra Poética teve a sua 6ª edição em 2000. Em 2002 publica o ensaio A Arte de Marear e a novela Cão Como Nós. Rafael é o seu mais recente romance.
PARA ALÉM DA CRENÇA - V. S. NAIPAUL, Prémio Nobel de Literatura em 2001
Este é um livro sobre um dos temas mais importantes e mais perturbadores do nosso tempo. Porém, não é uma obra de opinião. É – à maneira de Naipaul – um trabalho muito rico e muito humano, cheio de pessoas e de histórias. O islamismo é uma religião árabe que faz imperiosas exigências de arabização aos seus convertidos. Nesta óptica, é mais do que uma fé privada, pode tornar-se uma neurose. O que fez este Islão árabe à História da Indonésia, do Irão, do Paquistão e da Malásia? Como é que estes novos muçulmanos vêem o seu passado – e o seu futuro?
Numa continuação de Among the Believers, o relato clássico das suas viagens por estes países, V. S. Naipaul está de volta, após um intervalo de dezassete anos, para descobrir como e o que pregam os convertidos.
O Autor
V. S. Naipaul nasceu em Trinidade, no ano de 1932. Frequentou o University College, em Oxford, e estabeleceu-se em Londres, onde iniciou a sua actividade de escritor. As suas obras de ficção incluem: The Mystic Masseur (1957, Prémio John Llewellyn Rhys), The Suffrage of Elvira (1958), Miguel Street (1959; Prémio Somerset Maugham), Uma Casa Para Mr. Biswas (1961), Mr. Stone and the Knights Companion (1963; Prémio Hawthornden), The Mimic Man (1967; Prémio W. H. Smith), A Flag on the Island (1967), In a Free State (1971; Booker Prize), Guerrillas (1975), A Curva do Rio (1979), The Enigma of Arrival (1987) e A Way in the World (1994). V. S. Naipaul é ainda autor de uma vasta bibliografia de viagens e testemunhos sobre a Ásia, a América do Sul, a África e o Médio Oriente: The Middle Passage (1962), An Area of Darkness (1964), India: A Wounded Civilization (1977) e India: A Million Mutinies Now (1990). Publicou ainda The Loss of El Dorado (1969), The Overcrowded Barracoon (1972), The Return of Eva Perón juntamente com The Killings in Trinidad (1980), Among the Believers (1981), Finding the Centre (1984) e Letters Between a Father and Son (1999). Em 1995, regressou à Indonésia, ao Irão, ao Paquistão e à Malásia. Para Além da Crença é o relato destas viagens. V. S. Naipaul recebeu o grau de Cavaleiro, na lista de honra do Ano Novo de 1990, por serviços à Literatura e em 1993, foi o primeiro a merecer o Prémio David Cohen de literatura britânica e em 2001 foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura.
sexta-feira, fevereiro 13, 2004
151 - A AUTO-ESTIMA
Até os vírus, em Portugal, necessitam de aumentar a sua auto-estima:
Hi
I'm a Portuguese virus, but because of poor technology in my country I am not able to do anything with your computer
So, please be kind and delete an important file on your system and then forward me to other users.
Thank you.
Hi
I'm a Portuguese virus, but because of poor technology in my country I am not able to do anything with your computer
So, please be kind and delete an important file on your system and then forward me to other users.
Thank you.
sexta-feira, fevereiro 06, 2004
150 - APRESENTAÇÃO DOS CADERNOS DE REPORTAGEM
Estamos aqui esta noite, neste espaço da Sociedade de Geografia de Lisboa, para vos apresentar uma nova colecção da Dom Quixote - Cadernos DQ de Reportagem - cujos 3 primeiros títulos foram sendo colocados no mercado ao longo dos últimos meses.
Trata-se de um projecto que desejamos inovador no espaço editorial português: um espaço dedicado aos grandes temas nacionais, para ser usado pelos melhores repórteres portugueses.
Convidámos para a direcção deste projecto o jornalista José Vegar, a quem eu começo por agradecer a colaboração que nos tem dado e a disponibilidade que tem manifestado neste trabalho em conjunto.
Começar uma coisa nova e pelo princípio, nem sempre é a posição mais fácil. Há que vencer as arestas iniciais, as dificuldades, as inércias, a descrença de alguns. O José Vegar tem sabido fazer isso connosco. Estamos-lhe muito gratos pela parceria.
Este é um espaço dedicado aos jornalistas portugueses. Um espaço onde os seus textos, as suas ideias, as suas reflexões, os seus trabalhos de investigação, poderão ir mais longe e mais fundo, do que lhes permite o espaço dos seus órgãos de comunicação habituais. Mas é um espaço (também) onde os seus textos irão conviver com os textos dos autores literários com quem habitualmente trabalhamos, mostrando com toda a clareza que o jornalismo de reportagem não é uma forma de escrita menor, como muitos acham que é.
Isso fica desde já provado com os três primeiros títulos colocados no mercado: “O Estrago da Nação”, onde Pedro Almeida Vieira aborda o estado de inqualificável degradação a que chegaram a maior parte dos recursos naturais do nosso país; “Olhem para Mim”, onde Fernanda Câncio denuncia os aspectos mais sombrios de uma geração que quer à força ser “modelo”, cultivando a aparência, as imagens e a ilusão - livro que inclui também dois brilhantes textos interpretativos de Alexandre Melo e Inês Pedrosa; e “O Processo Casa Pia na Imprensa”, onde Nuno Ivo e Óscar Mascarenhas nos falam dos reflexos na imprensa dessa nuvem de chumbo e de desconforto que se abateu sobre todos nós, e que não sabemos ainda muito bem como é que vai terminar.
Esperamos com estes 3 primeiros títulos ter mostrado o que desejamos venha a ser esta nova colecção: um espaço de reflexão e de exigência que é proposto ao nossos leitores, feito de verdade, rigor e actualidade, construído pelo melhor do jornalismo de investigação que se cultiva no nosso país.
Felicito portanto com o maior entusiasmo os nossos primeiros 4 autores, e agradeço-lhes toda a colaboração que nos deram, a paciência que tiveram para esta fase de arranque.
Esperamos que, com eles, com a direcção do José Vegar, se consiga ver claramente o que desejamos ter criado: um espaço novo e diferente para o exercício pleno da liberdade de informação, agora que essa liberdade, 30 anos após a instauração da nossa democracia, voltou, surpreendentemente, a ser contestada.
Agradeço também ao nosso autor e jornalista José Pedro Castanheira, a simpatia que teve em aceitar vir aqui, com o seu prestígio, o seu exemplo, e o respeito que a todos inspira, apadrinhar e apresentar este projecto.
Mais livros aparecerão ainda este ano, a começar já no próximo mês de Abril:
“Doping”, de Afonso de Melo e Rogério de Azevedo
“Crimes sem Castigo”, de Manuel Catarino
ou em Setembro
“Espécies em Extinção”, de David Travassos
ou em Outubro
"Mutilação Genital Feminina", de Sofia Branco
Estão pois todos convidados, os jornalistas aqui presentes. O espaço é vosso. É apenas mais um espaço. Mas desejamos que seja um espaço sem fronteiras, o que no momento actual, convenhamos, já não é mau…
Acho que não me esqueci de nada nem de ninguém, vou passar a palavra ao José Vegar, director da Colecção; em seguida ao José Pedro Castanheira; depois aos autores que entenderem também usar-se dela.
Trata-se de um projecto que desejamos inovador no espaço editorial português: um espaço dedicado aos grandes temas nacionais, para ser usado pelos melhores repórteres portugueses.
Convidámos para a direcção deste projecto o jornalista José Vegar, a quem eu começo por agradecer a colaboração que nos tem dado e a disponibilidade que tem manifestado neste trabalho em conjunto.
Começar uma coisa nova e pelo princípio, nem sempre é a posição mais fácil. Há que vencer as arestas iniciais, as dificuldades, as inércias, a descrença de alguns. O José Vegar tem sabido fazer isso connosco. Estamos-lhe muito gratos pela parceria.
Este é um espaço dedicado aos jornalistas portugueses. Um espaço onde os seus textos, as suas ideias, as suas reflexões, os seus trabalhos de investigação, poderão ir mais longe e mais fundo, do que lhes permite o espaço dos seus órgãos de comunicação habituais. Mas é um espaço (também) onde os seus textos irão conviver com os textos dos autores literários com quem habitualmente trabalhamos, mostrando com toda a clareza que o jornalismo de reportagem não é uma forma de escrita menor, como muitos acham que é.
Isso fica desde já provado com os três primeiros títulos colocados no mercado: “O Estrago da Nação”, onde Pedro Almeida Vieira aborda o estado de inqualificável degradação a que chegaram a maior parte dos recursos naturais do nosso país; “Olhem para Mim”, onde Fernanda Câncio denuncia os aspectos mais sombrios de uma geração que quer à força ser “modelo”, cultivando a aparência, as imagens e a ilusão - livro que inclui também dois brilhantes textos interpretativos de Alexandre Melo e Inês Pedrosa; e “O Processo Casa Pia na Imprensa”, onde Nuno Ivo e Óscar Mascarenhas nos falam dos reflexos na imprensa dessa nuvem de chumbo e de desconforto que se abateu sobre todos nós, e que não sabemos ainda muito bem como é que vai terminar.
Esperamos com estes 3 primeiros títulos ter mostrado o que desejamos venha a ser esta nova colecção: um espaço de reflexão e de exigência que é proposto ao nossos leitores, feito de verdade, rigor e actualidade, construído pelo melhor do jornalismo de investigação que se cultiva no nosso país.
Felicito portanto com o maior entusiasmo os nossos primeiros 4 autores, e agradeço-lhes toda a colaboração que nos deram, a paciência que tiveram para esta fase de arranque.
Esperamos que, com eles, com a direcção do José Vegar, se consiga ver claramente o que desejamos ter criado: um espaço novo e diferente para o exercício pleno da liberdade de informação, agora que essa liberdade, 30 anos após a instauração da nossa democracia, voltou, surpreendentemente, a ser contestada.
Agradeço também ao nosso autor e jornalista José Pedro Castanheira, a simpatia que teve em aceitar vir aqui, com o seu prestígio, o seu exemplo, e o respeito que a todos inspira, apadrinhar e apresentar este projecto.
Mais livros aparecerão ainda este ano, a começar já no próximo mês de Abril:
“Doping”, de Afonso de Melo e Rogério de Azevedo
“Crimes sem Castigo”, de Manuel Catarino
ou em Setembro
“Espécies em Extinção”, de David Travassos
ou em Outubro
"Mutilação Genital Feminina", de Sofia Branco
Estão pois todos convidados, os jornalistas aqui presentes. O espaço é vosso. É apenas mais um espaço. Mas desejamos que seja um espaço sem fronteiras, o que no momento actual, convenhamos, já não é mau…
Acho que não me esqueci de nada nem de ninguém, vou passar a palavra ao José Vegar, director da Colecção; em seguida ao José Pedro Castanheira; depois aos autores que entenderem também usar-se dela.